Tão falando que já ganharam antes de ganhar...
Outro dia encontrei uma pessoa “p da v” esbravejando que esse seria o último ano que seu bloco desfilaria. – Tô pra isso não seu moço! – bufava a personagem – Andam dizendo que os dois já subiram... – Subiram pra onde, candura divina? – tentei brincar com coisa séria. – Lá vem seu moço com esse palavreado de mexer com a gente, é sério home... – deu um puxavão desgrudando minha mão da sua calejada – Tem graça nisso não moço.. O sinhô tá de novo pr´essas bandas mais deve de saber de tudo, ora se não! – Tô voando meu docinho de juçara... Tás falando do que criatura divina? O ente querido olhou-me dos pés à cabeça, respirou bufando e balançou a cabeça. – Cê ta de brincadeira comigo, num tá? – Até poderia estar se soubesse do que meu tiçãozinho está se referindo, que subiu pra onde amor meu? – Olghe aqui seu moço eu vou dizer, mas digo qu7e é mentura sua se você der com as linguas nos dentes... – Pode falar que juro de pés junto que num conto pra ninguém, fale meu docinho de coco queimado, fale... A figura ficou séria, não bufou e nem deixou de ficar braba, coçou o braço redondo e já com algumas pelancas fora do contexto antes de mostrar aqueles dentes brancos emoldurados pelos beiços avantajados. – Mas de que vai adiantar eu dizer se o moço não vai escrever no seu brogo? – Mas aí eu estarei quebrando a jura que lhe faço, nés mesmo amor de meu gostar? – Intão isqueça o prometido e pode botar a boca no trombone... – respirou profundo, olhou para os lados espiando se alguem espiava – Óia, fulano me falô que os xxxxxxxxxxxx e os xxxxxxxxxxx já tão com o premio no bolso... Não sou de emprenhar pelo ouvido. Ouvi a dita pessoa dizer que esse e aquele andaram futricando com o pessoal da FUNC para que pulassem pro grupo de riba. Se meu tição de amar falou a verdade somente saberemos depois de abertos os envelopes e, não por medo resolvi esconder os nomes, mas se realmente meu tiquin de juçara estiver falando coisa certa aí a coisa é outra. – Escuta só meu apetrecho de viver – tornei segurar a mão calejada – Tu sabes que não gosto de disse-me-disse... – Sei sim seu moço e voi prumode isso que tô aqui! – Pois é, isso é coisa séria... Tu tem certeza disso criatura? – Se tenho? Mas seu moço, tenho de sobra, ora se tenho... Óia, vô falá mais uma coisa e... Se o sinhô quizer pode inté botar no seu brogo... Tava lá na curtura e ouvi os home falar... Viram eu não, sabe? Se vissem não teriam falado o que falaram e o que ouvi, pode apostar que esse é meu ultimo e só não tiro minha boroca prumode a meninada... Ocê sabe, num sabe? Broco de gente pobre num tem ajudamento dos home, a gente vai sair porque vai... Tô devendo o qui num tenho, meu aposento tá até o gogó rifado... Óia, tu p da v, isso é lá coisa siô? Pois foi essa a conversa, só não dou nome aos bois porque... Sei lá por que! O certo é que existe um bichinho de dúvida no ar que prefiro não acreditar ser verdade e se for?
P.S.: Apesar de ter sido autorizado, pela criatura, em colocar nomes prefiro não fazê-lo. Rogo, ao bom velhinho lá de riba, que não seja verdade!
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