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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

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Rua Isaac Martins, 125 – Centro (em frente a Fonte do Ribeirão) - (98)3212-8295 / (98)8129-5958 – casadobloco.slz@gmail.com
São Luís (MA), sexta-feira, 6 de maio de 2011


Vai querer! Vai querer?!
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A cidade de São Luís é um celeiro cultural expresso em sua arquitetura, música, poesia, dança e todas as suas manifestações folclóricas que se constituíram ao logo de sua história em verdadeiros patrimônios material e imaterial do povo maranhense. É nesse movimento dinâmico de construção e reconstruções de saberes da cultura popular que os Blocos Tradicionais vão configurando suas identidades em diálogo permantentes com as transformações do nosso tempo e seus lugares.
Neste conexto, destaco a participação das mulheres na construção do universo cultural dos blocos tradicionais. Sua presença é expressiva e se manifesta com múltiplos conhecimentos. As mulheres vêm, comno uma artesã, tecendo uma rede de protagonismo feminino desde o nascimento dos grupos culturais no espaço privado das famílias, em que desempenha um papel importante de articuladora da formação cultural de seus membros; aos papéis artísticos que estrutura a estética dos Blocos Tradicionais, com atuação determinante nos esmero com o figurino, produzindo fantasias luxuosas e criativas, à presença no tocar de instrumentos percussivos que compõem a batucada dos Blocos; quando espalma suas mãos sensíveis produzindo o musicalidade que irradia a leveza do movimento do seu corpo compondo a beleza do conjunto.
É também nesse processo que se dimensiona o desafio atual de inventarias a existência dos Blocos Tradicionais, procurando conhecer, reconhecer e configurar suas exclamações e suas inerrogações ao longo de décadas. A cada Vai Querer um grito de alerta, uma súplica, uma reclamação a exigir, integrado a um Vai Querer (?) que interroga e consulta a aceitabilidade das suas informações.
E na força de seus bambores, o Bloco celebra Pra Mulher? Tudo!!! Ecoando no meio do povo comonuma canção, criando laço e comprometimentos cos os saberes expressos.
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Pra Mulher? Tudo
Exposição de fotografias de Murilo Santos

Agenda
Exposição de fotografias:
Vai Querer, Vai Querer! Pra Mulher? Tudo!
Onde:
Oficina Escola (Aterro, em frente ao Terminal)
Quando:
6 de maio às 17 horas
Período:
6 a 31 de maiode 2011
O que é:
Fotografias do artista Murilo Santos sobre a participação ativa das mukheres na construção e manutenção de Blocos Tradicionais.
Na abertura acontecerá apresentação de Bloco Tradicional comandado por mulher.

Sala Vovô Criança:
Foto Registro:
Vídeo Registro:
Na área Vídeo você poderá assistir  vídeos sobre carnaval e depoimentos.

Carta do Gigi
Confesso e assumo da minha parte que falta uma participação maior daqueles que
são envolvidos com BT neste espaço virtual da CBT, confesso mais ainda...



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Dia 8 de maio, Dia Municipal do Bloco Tradicional.

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terça-feira, 19 de outubro de 2010

05.02.006


CBT – Sala de Imprensa - Pitaco

Você está na Sala de Imprensa Pitaco
São Luís (MA), sábado, 19 de fevereiro de 2011
    NÃO FUMO NEM CHEIRO 
Ubiratan Teixeira (*)

Durante os dias 16 e 17, ao longo desta semana, aconteceu a “3ª Semana Político Cultural” promovida pelo Instituto Maria Aragão.
    Construo a crônica antes da realização do evento alavancado por uma inquietação que vem consumindo intensamente meus neurônios nos últimos anos esperando contudo que rádios, jornais e televisões ponham de lado seus achaques mesquinho de não divulgar atividades de partidários políticos contrários e cubram o acontecimento com a dignidade que ele merece; sobretudo por termos a chance de poder trocar figurinhas com essa criatura de rica história que é Sílvio Tendler trazido até nós de badeja pela instituições promotora do evento.
    E nesta tomada de fôlego começa minhas quizilas as quais exponho mesmo que fora de hora: será que a direção da Semana tenha tido o zelo de agendar um fraterno encontro do notável cineasta e ícone cultural do continente com nossos históricos cineclubistas e lendários homens do super/8 e outras ilustres bitolas locais? Esses que foram os responsáveis por um momento de excelente foco em nossa vida cultural, responsável pela existência do “Guarnicê de Cine & Vídeo”, Ubaldo, Murilo Santos, Nerine Lobão, Ivana, Coelho Neto, Zequinha Boemia, Cintra, Joaquim Aikel, Cláudio, Tribuzi, Ivan Sarney...
    (E quando enfatizo “semana” de dois dias é sem más/intenções, quem continua vivo e esteve presente deve se recordar de quantos dias foi a histórica e consagrada Semana de Arte Moderna de 22 em São Paulo.)
    Essa tola introdução é apenas para voltar a lembrar que continuamos alimentando com soberba esse cruel autofagismos contraído em alguma curva maligna do tempo, vírus pestilento que está desmontando nossa memória histórica, dissolvendo nosso caráter cultural, diluindo tudo que fomos num caldo ralo e sem textura, para alegria do sul do país. Quando concluo a leitura de uma obra como “O Monstro Souza” de Bruno Azevedo (editora Pitomba) e sei que nosso romance festifud está sendo atropelado sem nenhuma piedade por  uma coisa insossa e desvertebrada chamada “submarino” de um tal Joe tolice qualquer, minhas bolas entre as coxas começam a arder. Diferente de outras culturas que procuram preservar com dignidade seus valores, a pernambucana, baiana, gaúcha, paraense, mineira, entre outras, nós maranhenses abrimos a guarda e permitimos a intromissão: quando não a destruição total do que foi deixado de herança: material e imaterial.
    Ainda hoje, em Belém do Pará, quando por lá passo, bebo tacacá na cuia em qualquer esquina do centro da cidade a partir das quatro da tarde; o maranhense nascido em São Luís a partir dos anos 50 do século passado não sabe o que seja um derreçol, nunca lambeu um pirulito de maracujá, tomou um raspadinho de coco, maracujá ou tamarindo,  comeu peixe frito numa “lanterna vermelha” (petisqueiras outrora instaladas nos becos e vielas da cidade) ou raspado um coré de melancia na Praia do Cajú; enxotado o ditador de suas vidas, e povo egípcio está tentando encontrar os caquinhos da túnica de Tutancâmon violado por vândalos durante o conflito recente enquanto na maciota vamos perder um valioso certificado de patrimônio cultural conferido pela UNESCO por causa de nossa ancestral preguiça de tratar da casa com zelo – é doloroso assistirmos, sem nada podermos fazer o centro histórico de São Luís se desmoronando fragorosamente. Em que outro lugar do mundo a humanidade tem um conjunto arquitetônico como a Praça João Lisboa, rua d Palma, rua Vinte e Oito, Beco Escuro?
    Quando o cidadão brasileiro investido de uma função pública vai entender que o cargo não é seu vaso sanitário, onde ele pode despejar suas mazelas mal absorvidas, mas que aquela é uma função de serviçal da população que está lhe remunerando para que desenvolva com racionalidade ações políticas adequadas e esperadas para a área?
    Não espero que o Ministro do Esporte viva equipado de chuteira e caneleira marcando gols de placa pelos estádios do país, nem que o da Cultura se arme de pena & papel e comece a produzir obras imortais - mas que ambos saibam com critério e lucidez os horizontes de suas ações, conheça  os pontos de equilíbrio das áreas para as quais foram convocados e quais são as necessidades reais do povo que serve atento inclusive para esse raro detalhe comum a todos que é o de servir e não servir-se.
    Discute-se muito hoje nos noticiários de televisão e nas sessões especializadas dos jornais o interesse dos partidos políticos em determinadas áreas da administração pública nacional e fico me indagando, se mesmo tendo superado com dignidade dois cruéis períodos de exceção (Estado Novo e 64), já conquistamos maturidade partidária bastante para reivindicarmos direitos e privilégios ou se como partido qualquer coisa não passamos de um aglomerado de fominhas?
    Que partido político é esse que deixa meus filhos sem escola, nossas crianças sem creches, meus achaques dependendo de planos de saúde falidos, sem segurança pública adequada e opção Zero de lazer?
    Ao ser convocado para uma função pública o cidadão deve entender que foi chamado para Servir. Recordo-me de duas criaturas que merecem referencia na história de minha vida, pela maneira plural como exerceram sua vida pública, que sem desmerecer dezenas de outras personalidades que passaram pelas Casas de Cultura tanto do Estado como do Município, merecem ser citados nominalmente: Domingos Vieira Filho e Arlete Nogueira Machado.
    Espero que ao longo dos dois dias que durou a Semana de Cultura “Maria Aragão” tenha se falado, se não tudo, pelo menos alguma coisinha que tem provocado as crises eternas de arteriosclerose do nosso processo cultural: e que os que se consideram investidos de algum apelido político tenha comparecido ao encontro: o que duvido muito.

(*) Ubiratan Teixeira é cronista do Jornal O Estado do Maranhão; crônica publicada no caderno Alternativo, Hoje é de de... em 18/02/11



05.02-007

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São Luís (MA), quarta-feira, 2 de março de 2011


Pitaco do Machado
A farra dos Blocos Tradicionais

É necessário fazermos um trabalho de concientização entre os componentes de todos os blocos  tradicionais principalmente no tocante a sua organização. Os blocos tradicionais tem que deixar esse regime patriacal. O blocos não são de Fulano,Cicrano, Beltrano, Família Cicrano, Família Beltrano, Aquele, Aquela, Esse outro, etc....
 Eles tem que funcionar realmente como Associação, tem que se aproximar da sua comunidade, tem que associar os seus componentes com direito a voz e votos, com direitos assegurados e com os seus deveres perante a Associação. Possuindo uma diretoria realmente escohida pelo voto, e não um grupamento que seja indicado por quem se diz "Dono do Bloco" e assim fica balançando a cabeça pra tudo o que querem essas pessoas. Precisamos tirar os blocos de dentro das suas casas, pois isso é uma das coisas que dá o direito para A, B ou C acharem-se "Donos do Bloco".
 É hora do Ministério Público começar a auditar essas Associações que foram registradas como Blocos Tradicionais e ver quantos sócios realmente tem, quantos diretores estão realmente associados, como foram montadas suas diretorias, qual a data da última eleição, porque na sua maioria podemos considerá-las Associações fantasmas.
 A receita estadual e o Tribunal de Contas do Estado e do Município deveriam auditar suas prestações de contas, afinal são mantidos na sua maioria pelo poder público, e aí veremos o quanto realmente foi aplicado nas fantasias e despesas da brincadeira e o quanto foi parar nos bolsos de alguns "Donos do Bloco". 
 Feito isso com certeza obrigaríamos essas Associações a criarem mais vínculos com a comunidade onde estão inseridas e os seus componentes, e aquelas que não têm menor condição de existir possam ser extirpadas do processo, inclusive sobrando recursos para aquelas que realmente funcionem como Associação e tragam benefícios para a comunidade através de um trabalho social. Criar uma Associação só para receber recursos da FUNC, da SECMA ou do Governo Federal só pra fazer carnaval é muito fácil.
 Faz-se necessário criarmos dispositivos que diminuam esse aumento acelerado de Agremiações, para um bloco em Brasília por exemplo receber recursos via Liga dos Blocos Tradicionais eles precisam ter no mínimo 10 anos de existência, no Maranhão não, um grupamento brigou com o "Dono de Bloco X" saiu de lá, reuniu mais algumas pessoas, assinaram uma ata de fundação e registraram em Cartório, expediram um CNPJ, mandam fazer contratempos, retintas e ganzares, tocam a batida 3x2, conseguiram chegar na passarela no horário, no outro ano já recebem verbas do governo estadual e municipal, pronto são considerados Tradicionais. É preciso acabar com essa farra.
 Quando os blocos chegarem a esse nível de organização quem sabe poderemos pensar num resgate do nosso verdadeiro carnaval de rua.

Henrique Machado
Ritmista e Compositor Maranhense
Fone: (61) 8124-7954 - Brasília - DF


Atenção: A CBT não se responsabiliza por opiniões e colocações nesta página que são de total responsabilidade do autor.


05.02-008


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Publicado em 4/3/2011 no Caderno Alternativo (Hoje é dia...) do jornal “Estado do Maranhão”)


CARNAVAL MUNICIPAL
UBIRATAN TEIXEIRA (*)

Estão tentando empetecar a cidade para reverenciar Momo; o tradicional 1º e Único.
Depois do maranhense João Jorge ter virado carioca e mudado para Joãozinho Trinta inventando o carnaval de passarela da Marquez de Sapucaí para orgasmo orgiástico do carioca merolho (evidente que com as reservas financeiras para bancar sua orgia), muitas comunidades brasileiras foram desencaminhadas de sua cultura histórica e se jogando na vala comum do ôba-ôba de lantejoulas e vidrilhos que lamentavelmente acabou contaminando outras manifestações como a tradicional “folia” do boi/bumbá amazonense:por onde lamentavelmente fomos enveredando.
Se eu lamento o desaparecimento do carnaval de outros tempos? Sem ser conservador atávico, lamento sim. Recife e Olinda não perderam sua dignidade mantendo seus sotaques ancestrais; o Carnaval de Salvador continua o mesmo sem perder o sabor e a personalidade dos séculos passados como podemos conferir em Jorge Amado; cidades do interior mineiro continuam com suas bandinhas arrastando foliões por suas ladeiras ancestrais sem perder o sotaque d’antnho.
Tivemos um momento em nossa memória cultural que o carnaval maranhense era referência obrigatória na agenda dos agentes de viagens internacionais, que faturavam polpudas somas  a custa de nossos corsos, baralhos, batalhas de confete, entrudos, assaltos onde imperavam as burrinhas enfiadas nos seus dominós de seda lamê ou Colombinas requintadas e os fofões, criação dos pescadores do bairro do Desterro, upando em grupo pela cidade escondidos sob máscaras de massa de papel de fabricação caseira.
Perdemos nossa história, mas felizmente não perdemos nossa memória.
Um grupo de lúcidos desvairados, devidamente escorados nessa figura singular que é Euclides Moreira Neto, hoje na Presidência da Fundação Cultural do Município, trabalha desesperadamente para que, pelo menos a memória não se esvaia passado o efeito do loló. E a coisa está acontecendo a partir da “Casa do Bloco”, arquivo & museu criado com a função de preservar justamente a história do bloco tradicional maranhense, reunindo fotografias, depoimentos, acervo iconográfico, registros musicais, instrumentos, peças de vestuário, tudo que possa preservar essa manifestação cultural da comunidade maranhense em São Luís. A “Casa do Bloco”, no momento instalada num casarão colonial na rua Viana Vaz, será transferida depois do período carnavalesco para um espaço mais amplo e mais adequado no Anel Viário, em frente ao terminal rodoviário da Praia Grande, onde a Fundação Cultural da Prefeitura tem montado suas exposições de pintura. Por sinal que é até pensamento do Presidente da entidade, professor Euclides Moreira Neto, transferir  para aquele local toda a estrutura da Cultura Municipal: mais amplo, mais saudável, menos oneroso para os cofres municipais.

(*) Ubiratan Teixeira é cronista do Jornal O Estado do Maranhão e republicação desta crônica foi autorizada pelo autor.


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